Pedro Ávila deixa a Federação Portuguesa de Hóquei

O Diretor Técnico Nacional, Pedro Ávila, apresentou-me tempestivamente o pedido de exoneração do cargo que ocupava, exibindo superlativas razões particulares que demandam o seu regresso à terra natal.
 
A dispensa produz efeitos a partir de 1 de outubro de 2018.
 
Para memória futura, o, até ontem, Diretor Técnico deixou a seguinte mensagem:


 
"Trabalhar na Federação Portuguesa de Hóquei foi um desafio permanente, extremamente enriquecedor, que encarei com o máximo do meu empenho e dedicação incontornável. Aprendi e evoluí imenso como pessoa e como profissional, levando relações de amizade que seguramente irão continuar para lá desta ligação institucional. Agradeço e saúdo as pessoas e Direções com as quais me cruzei, pela aposta durante estes mais de oito anos - particularizando na pessoa do Prof. Doutor Pedro Sarmento, quem me abriu as portas desta casa, da Dra. Joana Gonçalves, que acreditou e deu seguimento à aposta em mim e, agora, por fim, Armindo de Vasconcelos, por toda a amizade, crença e confiança. A esta direção e respetivos órgãos sociais, a todo o staff, colaboradores e voluntários, formulo votos das maiores felicidades".
 
A FPH compreende por inteiro os fundamentos invocados e, não obstante ter de reequacionar o funcionamento e a constituição do Departamento Técnico, protege esta decisão: trata-se da vida e do futuro de alguém que, ao longo dos oito anos em que serviu a federação, o fez de forma leal, devotada, esplendente e empática, vestindo a camisola do Departamento Técnico com enorme dedicação e proficiência.
 
Por certo, a comunidade hoquista concordará comigo em que não adianta procurar qualificativos, correremos sempre o risco de ficar a  faltar algum para definir a estatura de um colaborador de excelência que subiu a pulso e com coragem, desde a admissão como estagiário até à chefia do Departamento Técnico, e soube beber das suas hierarquias, durante o seu crescimento profissional na modalidade, aquilo que colaboradores como André Oliveira ou Marcos Castro tinham de melhor.
 
O know how académico e a enorme diligência com que abraça as causas fizeram dele uma voz respeitada na EHF, pudemos comprová-lo exemplarmente em Amesterdão, quando foi enfaticamente proposto para o Comité de Infraestruturas da EHF, depois de uma passagem de quatro anos pelo Youth Panel, onde foi uma referência.
 
Preletor requisitado em muitas ações, de formação ou informação, foi, no entanto, como responsável máximo pela organização de eventos - torneios, fases finais e campeonatos nacionais e internacionais - que Pedro Ávila atingiu patamares elevados de idoneidade, quase sempre apontados como exemplo pelos Oficiais nomeados pela EHF ou pela FIH.
 
Porém, uma das suas heranças maiúsculas continuará a ser o ParaHóquei, sonhado e criado por ele e que já deu a Portugal dois títulos europeus absolutos.
 
Por tudo o que adrede referimos, seria redutor, neste momento, desejar apenas felicidades para os desafios pessoais e profissionais que farão parte desta nova fase da vida do Pedro. Continuaremos outrossim a canalizar energias para que tudo dê certo, pois somos intrinsecamente genuínos quando manifestamos a convicção de que a sua abertura ao diálogo, a enorme paciência, a segurança e rigor com que defende as suas ideias, a disciplina e a capacidade de organização serão aliados fundamentais nas empreitadas que professar daqui em diante.
 
Obrigado, Pedro.

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