Mário Almeida, o Globetrotter da Euro Hockey League



Numa altura em que se disputam as rounds 1.1 e 1.2 da Euro Hockey League, falamos com Mário Almeida, conhecido globetrotter destas lides.

O também treinador da seleção nacional esteve na ronda de Barcelona, que se disputou no passado fim-de-semana, e nesta crónica transmite-nos que "estar como espectador na Euroliga é fazer parte integrante e não complementar do espectáculo".

Website EHL: www.ehlhockey.tv

Crónica de Mário Almeida, o Globetrotter da Euro Hockey League

"A Euroliga é a maior competição de clubes de hóquei a nível mundial. Traduz-se, pois, numa montra para os seus participantes, nomeadamente jogadores, treinadores, árbitros e «officials». Mesmo a este nível, o hóquei em campo consegue manter o espírito «amateur» e, metaforicamente, todos nos tratamos por tu, desde um jogador com 300 internacionalizações, ao árbitro olímpico até o presidente da Federação Internacional de Hóquei.

É esta vivência que torna o ambiente destas competições fantástico. Mesmo com a pressão dos resultados, todos os intervenientes passam na zona do bar, a maioria não dispensa a sua cervejita e a boa disposição reina. Estar como espectador na Euroliga é fazer parte integrante e não complementar do espectáculo.

Fruto deste ambiente, já consegui ouvir de viva voz o porquê da mudança do sala para 5 jogadores (até já a compreendo e a aceito melhor que antes), saber das novidades das regras que aí vêm e pude mesmo reclamar a discrepância de regras entre competições ou rever amigos que há imensos anos não via ou conviver com outros. Entre muitas outras coisas...

Paralelamente é possíver ver, no campo, as mais recentes novidades tácticas e as técnicas evoluídas dos melhores jogadores do mundo, sem a distorção que a TV provoca. Para quem se dedica ao treino, vejo como essencial a presença nestes palcos para poder estar sempre actualizado. Para quem gosta de hóquei, estar num evento desta magnitude é imprescindível.

Quanto à competição em si, as rounds 1.1 e 1.2 servem para dar jogos internacionais às equipas de top e, por outro lado, propiciar a presença nestes palcos a equipas de segunda linha, numa visão de alargamento do hóquei. Por isso, nem todos os jogos são os que os espectadores querem, mas há sempre um Harvesterhuder-Beeston ou um Dragons-Clube de Campo para deliciar os espectadores.

Respondendo ao pedido do Marcos com estas linhas, termino objectivamente desafiando quem tiver a sorte de poder estar nestes eventos a não faltar ao KO 16 porque vale realmente a pena."

Mário Almeida
Treinador da Seleção Nacional

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