Entrevista com Ana Faias após o Mundial de Hóquei Indoor 2018

Após mais uma nomeção internacional, desta vez para o Mundial de Hóquei Indoor 2018, em Berlim, fomos ao encontro de Ana Faias (AF), para percebermos melhor o que achou da sua prestação e quais os "segredos" do seu sucesso internacional:

FPH: Olá Ana, em primeiro lugar parabéns por mais uma excelente participação, além da nomeação para a competição em si, foste nomeada para apitar um jogo dos quartos de final e uma meia final no Mundial de Indoor 2018, gostava de começar por perguntar como consideras ter sido a tua prestação nesta prova, satisfeita com o teu desempenho?
AF: Obrigada pelas felicitações. O grupo de árbitros presente nesta competição, é o melhor da actualidade nesta vertente e sinto-me bastante orgulhosa por fazer parte do mesmo. As nomeações são realizadas de acordo com a prestação que se tem no jogo anterior. O facto ter sido nomeada para jogos tão desafiantes vem cimentar que estive à altura do desafio. Fiquei bastante satisfeita com os jogos que arbitrei e com a minha performance em campo.
 
FPH: Considerando a tua ascensão internacional como árbitra, gostaríamos de saber o teu segredo para o sucesso, isto é, o que recomendarias a aspirantes a árbitros internacionais de forma a conseguirem atingir patamares superiores?
AF: Concentração será a palavra-chave. Ser-se focado no objectivo que se pretende alcançar tendo consigo um plano flexível que se possa ajustar ao longo da sua evolução. Absorver o máximo de cada experiência e através da partilha de conhecimento de colegas, verificar o que resulta a nível individual.
 
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FPH: Enquanto federação, queremos sempre apoiar os elementos que queiram investir nas suas carreiras internacionais no hóquei, quer através de formações, quer através de outros tipos de apoios. Quais foram, na tua opinião, os apoios que sentiste serem mais importantes no decorrer da tua carreira? Aqueles que realmente te ajudaram a evoluir e crescer enquanto árbitra?
AF: Numa fase inicial. o interesse por parte do presidente (de então) do conselho de arbitragem da FPH que me propôs para um curso de desenvolvimentos de árbitros europeu - UDP. Numa fase posterior, a procura da EHF/FIH, em colaboração com a FPH,em expor os seus árbitros europeus a outras dinâmicas de jogo.Para se vingar numa carreira internacional, entendo, porque senti isso, é necessário uma busca constante de conhecimento e experiências diferenciadas. Neste sentido, considero que todas as formações a nível nacional são importantes mas não podemos contar só com isso e estagnar, é importante a existência de intercâmbio de conhecimento e experiências internacionais.
 
FPH: Tens alguma mensagem que queiras deixar para os árbitros que pretendem seguir carreira internacional?
AF: "Se não existe esforço, não existe progresso" F, Douglass.

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