Antevisão de Bruno Santos, treinador da equipa do Lousada que disputa este domingo a Supertaça Carlos Fernandes.

FPH: Que repercussão teve no clube e na Vila de Lousada, a nível financeiro e de notoriedade, a época 2012/2013 da ADL? Ou seja, em que podemos traduzir a conquista de tantos títulos em apenas uma época?
Bruno Santos (BS): As repercussões tanto na Vila como no clube foram sobretudo a nível de notoriedade por tal feito ao reconhecer o nosso esforço e empenho. A nível financeiro, todas as conquistas não se traduziram em nada, uma vez que nos encontramos na mesma situação financeira que o resto do país.

FPH: Que objetivos, desportivos e de desenvolvimento do clube, delinearam para a temporada?
BS: Os nossos objetivos para a época são dotar o clube de ferramentas e recursos humanos para que este se comece a afirmar ainda mais no hóquei português e comece a dar passos mais significativos a nível europeu. 
Para que isto aconteça precisamos de mais jogadores jovens, por isso temos de ter uma política forte na captação e manutenção destes jogadores jovens; iremos incluir mais jovens da nossa formação na nossa equipa sénior para que estes cresçam no clube e também no panorama nacional. Com estas medidas acreditamos ser possível manter a mentalidade forte e vencedora que caracteriza o nosso clube.
É pois difícil de dissociar os objetivos de desenvolvimento do clube dos objetivos desportivos pois queremos muito continuar a ser vencedores, e por isso tentamos transmitir essa mentalidade aos mais jovens.

FPH: Começam a época com a possibilidade de conquistar mais um título, nomeadamente a Supertaça de Portugal. Que dificuldades preveem encontrar? Pode ser uma desvantagem o facto de ser disputada no Jamor em virtude de, por exemplo, a massa adepta que o Fut. Benfica conseguiu mobilizar na final da Taça de Portugal da temporada passada?
BS: Felizmente o Lousada nos últimos anos tem estado nas decisões de quase todos os títulos em Portugal e começar a época com a possibilidade de conquistar mais um é sempre importante e uma grande fonte motivacional. 
As dificuldades que esperamos encontrar são as dificuldades inerentes a defrontar uma equipa que nos quer vencer, que tem imenso valor e  legítimas aspirações a vencer este título e outros que disputará durante a época. 
Relativamente ao facto de jogar no Jamor para, eventualmente, uma massa de adeptos similar à da final da Taça da época transacta é motivador. Todos os jogadores preferem jogar em campos com muita gente pois é nesses momentos que os jogadores se motivam e o melhor deles vem à tona. Estaria a mentir se dissesse que não preferia jogar junto dos nossos adeptos e das pessoas que nos são mais chegadas, mas já sabíamos que iria ser assim. Resta-nos esperar que muitas pessoas estejam no Jamor a ver a final para que a modalidade saia engrandecida.