EuroHockey Club Champions Challenge III (W) - Antevisão Rui Mesquita

O Sport Clube do Porto irá acolher no seu sintético de hóquei, localizado no Parque da Cidade do Porto, entre os próximas dias 17 e 20 de Maio, o Campeonato Europeu Feminino de Clubes.
Rui Mesquita, vice-presidente do clube e com um longo percurso na modalidade, que praticou entre 1960 e 1998 e onde foi também treinador do Sport e director da FPH, faz a antevisão da prova ao site da FPH.
Informações sobre a prova em http://www.fphoquei.pt/index.php/competicoes/hoquei-campo/3166-eurohockey-club-champions-challenge-iii-w

FPH: É a primeira vez na história que uma equipa feminina portuguesa participa num Europeu na variante de Campo. Como está a correr a organização desta prova pioneira em Portugal?

Rui Mesquita (RM): Cremos que está a correr bem. Atempadamente fizemos os nossos planos e projectos, que estão em fase de concretização. Apesar de não ser nada fácil uma organização deste tipo, esperamos corresponder ao que nos foi confiado, mais ainda pelo facto de ser a primeira vez que, em Portugal, se organiza tão importante competição europeia de clubes a nível feminino. Avançamos para a mesma em Setembro de 2012, convictos que tínhamos condições organizativas e infra-estruturais para arcar com tal responsabilidade e esperamos agora confirmá-lo.

FPH: Qual a importância desta organização para a afirmação da modalidade no clube e, até, na cidade do Porto?
RM: Pessoalmente tenho algumas dúvidas que desta organização possa surgir algo de muito benéfico quer para o clube quer para o hóquei na sua variante feminina em Portugal, por duas ordens de razões: uma primeira porque há apenas 4 equipas em Portugal; uma segunda é que não vemos nem clubes nem, sobretudo, a FPH a investir com critério e razão de ser nas camadas jovens, quer femininas quer mesmo masculinas. De qualquer modo, se do nosso empenhamento sair algo de concreto e de bom, sempre será um esforço recompensado.

FPH: De que forma irão aproveitar o facto do sintético estar localizado no Parque da Cidade do Porto, um local de lazer por excelência?
RM: Não temos dúvidas que a situação, a dimensão e a beleza do Parque da Cidade do Porto em muito contribuirão para que as nossas visitantes possam ver e sentir o que de melhor há no Porto. Acresce a isto que um sintético neste local aprazível sempre permite tornar mais visível o torneio, uma vez que, sobretudo ao fim-de-semana, por aqui deambula muita gente que pode apreciar a realização de jogos de hóquei em campo. Esperamos que, de futuro e por causa desta realização, outras possam vir a suceder-se, quer organizadas pelo clube quer pela própria FPH, a quem sempre disponibilizamos esta infra-estrutura que, além do mais, é também um pouco do Município do Porto, a quem, obviamente, estamos muito agradecidos. 

FPH: Quais são as expectativas quanto ao desempenho da equipa feminina na prova?
RM: Esperamos que se portem com dignidade, tendo porém a certeza que, até pela escassez de competição interna e pelo pouco tempo que tem a vertente feminina em Portugal, dificilmente conseguiremos grandes feitos. Quando falo em dignidade ela é símbolo do que este clube tem feito pelo hóquei em campo nacional ao longo dos 85 anos de prática ininterrupta desta modalidade olímpica e é, também, o símbolo que o clube quer transmitir às suas atletas face à hegemonia que se vem verificando no hóquei feminino por parte desta jovem equipa.
Esta organização é para as jogadoras e para a sua equipa técnica, esperando que seja a justa paga pelo muito que têm feito pelo clube.

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